O 98.º aniversário do armistício da I Guerra Mundial foi assinalado hoje, ao final da manhã, em Setúbal, no monumento aos combatentes, onde decorreu uma cerimónia evocativa da efeméride.
Várias entidades marcaram presença na Praça Almirante Reis, onde se encontra o Monumento aos Combatentes da Grande Guerra, para um momento de homenagem aos militares portugueses que pereceram durante o conflito mundial que decorreu entre 1914 e 1918.
A cerimónia, organizada pelo Núcleo de Setúbal da Liga dos Combatentes, contou com a participação da Câmara Municipal de Setúbal, representada pelo vereador Carlos Rabaçal.
O autarca, no discurso de encerramento da evocação, alertou que “os contemporâneos da altura pensaram que o fim do conflito seria uma valiosa lição”, algo que, acrescentou, o tempo provou estarem errados.
“Que o Homem não aprende muito com as lições da história é a principal lição que a história tem para nos ensinar”, continuou Carlos Rabaçal ao citar o escritor Aldous Huxley.
O autarca sublinhou, igualmente, que a data do armistício da Grande Guerra “deve servir para celebrar a paz”.
A cerimónia desta manhã contou com os toques militares de silêncio, homenagem aos mortos e alvorada, intermediados de um minuto de silêncio.
A tradicional presença de um pequeno contingente militar na cerimónia foi pontuada por um pelotão do Regimento de Artilharia n.º 5 do Exército, de Vendas Novas.
A cerimónia de deposição e flores, à qual assistiram vários populares, contou também com representantes da União das Freguesias de Setúbal, PSP, GNR, Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Associação de Especialistas da Força Aérea, Associação de Deficientes das Forças Armadas, Capitania do Porto de Setúbal, Clube Militar de Oficiais e Associação de Paraquedistas.
Portugal participou na I Guerra Mundial com um contingente de mais de 100 mil homens, dos quais sete mil foram mortos em combate e cerca de nove mil ficaram feridos ou inválidos.
O Regimento de Infantaria n.º 11, localizado em Setúbal, registou um total de 54 baixas nos conflitos em que esteve envolvido em França e em Moçambique, durante a guerra de 1914-1918.
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